terça-feira, 19 de junho de 2012

Finais da NBA: O jogo da vida de Chalmers


Derrick Rose está na linha de lance livre e converte o segundo. Seu time tem vantagem de três pontos no placar, com 12 segundos de partida. O pivô faz a reposição no fundo da quadra, e o armador Sherron Collins leva a bola até a linha de três pontos e a deixa escapar.  Salva antes da violação e a entrega na mão de Mario Chalmers. O outro armador faz um drible para a esquerda e chuta, faltando pouco mais de 3 segundos para o fim. 

Prorrogação!


No tempo extra, Kansas bateu Memphis e conquistou o título universitário de 2008, um dos pontos mais altos do calendário esportivo norte-americano, algo fincado na cultura mesmo. 

Cotado antes como um jogador irregular, errático, Chalmers ingressou na NBA para valer por causa desse arremesso. Vencedor, destemido, virou mito.

Ele foi selecionado na segunda rodada do Draft pelo Miami Heat e resistiu a toda a reformulação de elenco proposta por Pat Riley. Com Wade e James no quinteto inicial, o time não precisaria de um armador tradicional. Ele mal pega na bola. Está lá para pressionar a bola – tem ótimo reflexo e agilidade –, embora não seja um grande defensor no mano a mano. Também está lá para converter uma ou outra bola ocasional quando os astros forem confrontados.

No Jogo 4 das finais, o sujeito foi muito mais que isso. Anotou 25 pontos, mas não só isso. "Mais importante foi quando ele fez. Toda vez que o Thunder ensaiava uma reação, Chalmers entrou em cena", disse Magic Johnson em seus comentários finais. De fato: ele cresceu no quarto período e ajudou um Wade fadigado a carregar a equipe a partir da saída de James, com câimbras. 

Foi a melhor, ou a mais significativa, atuação, de "Rio", como seus companheiros lhe chamam, na NBA. Mas o jogo de sua vida foi esse aqui:

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