sexta-feira, 1 de junho de 2012

Guerra dos clones

Parece, mas não é o Alex indo pela bandeja por São José. Alex não veio do Alasca
Não é o tema mais original, claro, mas também não pode fugir dele na hora de pensar a final deste sábado. Já sabe: mesma altura, mesmo porte físico, mesma cabeça raspada, mesma posição, mas, mais importante, mesmo estilo de jogo.

Raros são os confrontos no NBB que podem oferecer o nível de fisicalidade que vamos observar num duelo entre Alex e Andre Laws, neste sábado. Dois jogadores extremamente agressivos, que buscam o contato, o choque e parecem gostar disso – podem exagerar, em alguns momentos, ainda que sem violência.

Em Brasília, Alex marca o principal jogador de perímetro adversário, mas ainda carrega muita responsabilidade ofensiva. Fica mais com a bola em mãos para jogadas individuais, por vezes forçadas, especialmente quando quer frear na linha de três pontos para aquele tiro ainda – por mais que tenhamos visto por mais de uma década – estranho.

De todo modo, em quadras brasileiras, dá certo, e lá vai esse cardeal brabo atrás de ais um campeonato. Manda prender e soltar, e o árbitro que se vire. 

Pelo time paulista, Laws faz muito do que Alex executa na Seleção. Fúlvio é quem domina a bola majoritariamente. Dedé é o atirador. Jefferson, outro. Murilo, o craque. Tendo jogadores mais refinados ofensivamente ao seu redor, o norte-americano trata de ser aquele que faz a costura entre o armador e suas armas.

Na outra ala, Dedé e Arthur não se parecem nada fisicamente, mas seus talentos também se confundem. Nenhum dos dois pode afirmar que primem pela defesa ou que sejam passadores habilidosos. Estão muito mais habituados a se posicionar do outro lado desta ação, mesmo, especialmente quando correm sem a bola buscando corta-luzes.

Mais jovem, Dedé mostra um tino mais apurado para esse tipo de jogada, pois nem sempre vai até a linha de três pontos: ele pode pegar o defensor desprevenido num curte backdoor que interrompe sua parábola em direção ao garrafão. Ao jovem ala revelado em Araraquara, contudo, falta regularidade. Coisa que não se pode acusar para o veterano Arthur, que está invariavelmente pronto para se aproveitar de brechas criadas pelas investidas de Nezinho, Alex e Giovannoni. De temperamento bem mais moderado, cabe a ele espaçar a quadra.

Laws x Alex: pancada, vigor. Arthur x Dedé: finesse, astúcia.

Basquete é bom demais para medir isso. 

Alex contra Laws na guerra dos clones: piada para nerds

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