segunda-feira, 25 de junho de 2012

Olho na Nigéria


Aminu (e) reforça a seleção nigeriana com sua linhagem real e de NBA

Nesta semana, a Seleção de Magnano vai para a quadra em São Carlo, terra de Nenê, para realizar seus primeiros três amistosos rumo a Londres-2012. Os rivais são Grécia, Nova Zelândia e Nigéria.  Dado o histórico recente das equipes, o normal seria apontar a equipe africana como a mais fraca, a barbada da vez. Calma, que não sei se vai ser o caso, não. 

Primeiro, que eles já estão jogando. Na sexta-feira passada, bateram a Grã-Bretanha (nossa adversária, mas desfalcada de Luol Deng e Pops Mensah-Bonsu, primo do Kojo Mensah) por 86 a 80, na prorrogação. 

O mais interessante, contudo, é saber da montagem atual de seu elenco. Com tantos jogadores revelados pelo país e descendentes diretos espalhados por Estados Unidos e Europas, potencial atlético e físico não falta ao time nigeriano. Basta só organizar as coisas. No basquete universitário norte-americano, por exemplo, havia 25 nigerianos inscritos na temporada passada.

Emeka Okafor e Andre Iguodala são casos de jogadores que poderiam ter sido aproveitados pelo país. Mas esse trem já passou. De todo modo, em sua atual formação, a seleção vem com nomes interessantes, a começar pelo pivô Ike Diogu, ex-NBA que deu uma canseira danada na Liga das Américas deste ano, atuando por equipe porto-riquenha. Ele é um terror próximo da tabela, com muitos movimentos, instinto e força. 

Da liga norte-americana vêm o ala Al-Farouq Aminu (New Orleans Hornets) e o armador Ben Uzo e o pivô Solomon Alabi (ambos do Toronto Raptors). São todos jogadores de razoáveis para bons, em especial Aminu, de potencial vasto. Antes de tudo, são atletas de primeiro time: longos, rápidos e já experientes em competições de primeiro nível – embora não no mundo das seleções FIBA. O veterano Ime Udoka, ex-Spurs e um dos líderes da equipe nas últimas décadas, está fora.

Uma nota sobre Aminu? Segundo o comitê olímpico nigeriano, o jovem ala tem ascendência que remete a uma famila real do país. Seu nome significa algo como "o chefe já chegou". Ô, loco. 

Arrumando a casa, a Nigéria pode ser uma força emergente a incomodar muita gente do alto escalão. A última vez que fizeram isso, não deu outra: no Mundial de 2006, no Japão, caíram nas oitavas de final em confronto duríssimo com a Alemanha de Nowitzki (placar de 78 a 77). Na fase de grupos, chegou a derrotar a Sérvia. 

Olho neles, em São Carlos, então.

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